LEI No 6.923, DE 29 DE JUNHO DE 1981.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
Da Finalidade e da Organização
Art . 1º - O Serviço de Assistência Religiosa nas Forças Armadas - SARFA será regido pela presente Lei.
Art . 2º - O Serviço de Assistência Religiosa tem por finalidade prestar assistência Religiosa e espiritual aos militares, aos civis das organizações militares e às suas famílias, bem como atender a encargos relacionados com as atividades de educação moral realizadas nas Forças Armadas.
Art . 3º - O Serviço de Assistência Religiosa funcionará:
I - em tempo de paz: nas unidades, navios, bases, hospitais e outras organizações militares em que, pela localização ou situação especial, seja recomendada a assistência religiosa;
II - em tempo de guerra: junto às Forças em operações, e na forma prescrita no inciso anterior.
Art . 4º - O Serviço de Assistência Religiosa será constituído de Capelães Militares, selecionados entre sacerdotes, ministros religiosos ou pastores, pertencentes a qualquer religião que não atente contra a disciplina, a moral e as leis em vigor.
Parágrafo único - Em cada Força Singular será instituído um Quadro de Capelães Militares, observado o efetivo de que trata o art. 8º desta Lei.
Art . 5º - Em cada Força Singular o Serviço de Assistência Religiosa terá uma Chefia, diretamente subordinada ao respectivo órgão setorial de pessoal.
Art . 6º -.A Chefia do serviço de Assistência Religiosa, em cada Força Singular, será exercida por um Capitão-de-Mar-e-Guerra Capelão ou por um Coronel Capelão, nomeado pelo Ministro da respectiva Pasta.
Art . 7º - As Subchefias correspondentes aos Distritos e Comandos Navais, Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais, Comando-em-Chefe da Esquadra, Comandos de Exércitos e Militares de Área, e Comandos Aéreos Regionais serão exercidas por Oficiais Superiores Capelães.
Art . 8º - O efetivo máximo de Capelães Militares da ativa por postos, para cada Força Singular, é o seguinte:
I - na Marinha:
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- Capitão-de-Mar-e-Guerra Capelão................................................
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1
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- Capitão-de-Fragata Capelão.........................................................
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3
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- Capitão-de-Corveta Capelão.........................................................
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5
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- Capitão-Tenente Capelão......................................... ....................
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8
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- 1º e 2º Tenente Capelão................................................................
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13
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II - no Exército:
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- Coronel Capelão..........................................................................
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1
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- Tenente-Coronel Capelão..............................................................
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6
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- Major Capelão..........................................................................
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7
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- Capitão Capelão..........................................................................
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16
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- 1º e 2º Tenente Capelão...............................................................
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20
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- Coronel Capelão......................................................................... (Redação dada pela Lei nº 7.672, de 1988)
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1 |
- Tenente-Coronel Capelão............................................................. Redação dada pela Lei nº 7.672, de 1988)
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8 |
- Major Capelão......................................................................... Redação dada pela Lei nº 7.672, de 1988)
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12 |
- Capitão Capelão.......................................................................... (Redação dada pela Lei nº 7.672, de 1988)
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20 |
- 1º e 2º Tenentes Capelães........................................................... (Redação dada pela Lei nº 7.672, de 1988)
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26 |
III - na Aeronáutica:
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- Coronel Capelão.......................................................................
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1
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- Tenente-Coronel Capelão.............................................................
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3
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- Major Capelão.......................................................................... ...
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5
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- Capitão Capelão..........................................................................
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8
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- 1º e 2º Tenente Capelão............................................................
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13
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- Coronel Capelão.................................................................. (Redação dada pela Lei nº 7.672, de 1988)
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1 |
- Tenente-Coronel Capelão.................................................... (Redação dada pela Lei nº 7.672, de 1988)
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4 |
- Major Capelão..................................................................... (Redação dada pela Lei nº 7.672, de 1988)
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8 |
- Capitão Capelão.................................................................. (Redação dada pela Lei nº 7.672, de 1988)
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12 |
- 1º e 2º Tenentes Capelães.................................................... (Redação dada pela Lei nº 7.672, de 1988)
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20 |
Parágrafo único - O efetivo de que trata este artigo será acrescido aos efetivos, em tempo de paz, fixados em lei específica para a Marinha, Exército e Aeronáutica, respectivamente.
Art . 9º - O respectivo Ministro Militar baixará ato fixando os efetivos, por postos, a vigorar em cada ano, dentro dos limites previstos nesta Lei.
Art . 10 - Cada Ministério Militar atentará para que, no posto inicial de Capelão Militar, seja mantida a devida proporcionalidade entre os Capelães das diversas regiões e as religiões professadas na respectiva Força.
CAPíTULO II
Dos Capelães Militares
SEçãO I
Generalidades
Art . 11 - Os Capelães Militares prestarão serviços nas Forças Armadas, como oficiais da ativa e da reserva remunerada.
Parágrafo único - A designação dos Capelães da reserva remunerada será regulamentada pelo Poder Executivo.
Art . 12 - Os Capelães Militares designados, da ativa e da reserva remunerada, terão a situação, as obrigações, os deveres, os direitos e as prerrogativas regulados pelo Estatuto dos Militares, no que couber.
Art . 13 - O acesso dos Capelães Militares aos diferentes postos, que obedecerá aos princípios da Lei de Promoção de Oficiais da Ativa das Forças Armadas, será regulamentado pelo respectivo Ministro.
Art . 14 - O Capelão Militar que, por ato da autoridade eclesiástica competente, for privado, ainda que temporariamente, do uso da Ordem ou do exercício da atividade religiosa, será agregado ao respectivo Quadro, a contar da data em que o fato chegar ao conhecimento da autoridade militar competente, e ficará adido, para o exercício de outras atividades não-religiosas, à organização militar que lhe for designada.
Parágrafo único - Na hipótese da privação definitiva a que se refere este artigo, ou da privação temporária ultrapassar dois anos, consecutivos ou não, será o Capelão Militar demitido ex officio , ingressando na reserva não remunerada, no mesmo posto que possuía na ativa.
Art . 15 - Os Capelães Militares serão transferidos para a reserva remunerada:
I - ex officio , ao atingirem a idade limite de 66 (sessenta e seis) anos;
Il - a pedido, desde que contem 30 (trinta) anos de serviço.
Art . 16 - A idade limite de permanência na reserva remunerada, para o Capelão Militar, será de 68 (sessenta e oito) anos.
Art . 17 - Aos Capelães Militares aplicar-se-ão as mesmas normas e condições de uso dos uniformes existentes para oficiais da ativa de cada Força Singular.
Parágrafo único - Em cerimônias religiosas, os Capelães Militares deverão trajar seus hábitos ou vestes eclesiásticas, mesmo no interior das organizações militares.
SEçãO II
Do Ingresso no Quadro de Capelães Militares
Art . 18 Para o ingresso no Quadro de Capelães Militares será condição o prescrito no art. 4º desta Lei, bem como:
I - ser brasileiro nato;
II - ser voluntário;
Ill - ter entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade;
IV - ter uso de formação teológica regular de nível universitário, reconhecido pela autoridade eclesiástica de sua religião;
V - possuir, pelo menos, 3 (três)anos de atividades pastorais;
VI - ter consentimento expresso da autoridade eclesiástica da respectiva religião;
VII - ser julgado apto em inspeção de saúde; e
VIII - receber conceito favorável, atestado por 2 (dois) oficiais superiores da ativa das Forças Armadas.
Art . 19 - Os candidatos que satisfizerem às condições do artigo anterior serão submetidos a um estágio de instrução e de adaptação com duração de até 10 (dez) meses, durante o qual serão equiparados a Guarda-Marinha ou a Aspirante-Oficial, fazendo jus somente à remuneração correspondente.
Parágrafo único - O estágio de instrução e adaptação deverá, obrigatoriamente, constar de:
a) um período de instrução militar geral na Escola de Formação de Oficiais da Ativa da Força Singular respectiva;
b) um período como observador em uma Escola de Formação de Sargentos da Ativa, da Força Singular;
c) um período de adaptação em navio, corpo de tropa ou base aérea, no desempenho de atividade pastoral, devendo ainda colaborar nas atividades de educação moral.
Art . 20 - Findo o estágio a que se refere o artigo anterior, os que forem declarados aptos por ato do Ministro da respectiva Força serão incluídos no Quadro de Capelães Militares da Ativa, no posto de 2º Tenente.
Art . 21 - O estágio a que se refere o art. 19 desta Lei poderá ser interrompido nos seguintes casos:
I - a pedido, mediante requerimento do interessado;
Il - no interesse do serviço;
III - por incapacidade física comprovada em inspeção de saúde; e
IV - por privação do uso da Ordem ou do exercício da atividade religiosa, pela autoridade eclesiástica da religião a que pertencer o estagiário.
CAPíTULO III
Das Disposições Finais e Transitórias
Art . 22 - Os Capelães Militares com estabilidade assegurada de acordo com o art. 50 da Lei nº 4.242, de 17 de julho de 1963, serão incluídos no Quadro de Capelães Militares da Ativa, no posto atual, e terão sua antiguidade contada desde o seu ingresso no Serviço de Assistência Religiosa nas Forças Armadas.
Art . 23 - Os Capelães que atualmente servem às Forças Armadas, na qualidade de militares, poderão ser aproveitados no Quadro de Capelães Militares da Ativa, desde que satisfaçam às exigências dos incisos l II e IV do art. 18 desta Lei.
§ 1º - Os Capelães que forem aproveitados na forma deste artigo terão sua antiguidade contada desde o seu ingresso no Serviço de Assistência Religiosa nas Forças Armadas.
§ 2º - Os Capelães que não forem aproveitados de acordo com o disposto neste artigo permanecerão prestando serviço à respectiva Força Armada até o término de seu estágio de serviço, que não será renovado.
§ 3º- Terminado o estágio de serviço, os Capelães Militares de que trata o parágrafo anterior serão incluídos no Quadro de Capelães da Reserva Não-Remunerada, com o posto de Capitão-Tenente ou Capitão.
Art . 24 - Os atuais Capelães contratados da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, de conformidade com os arts. 4º e 16 da Lei nº 5.711, de 8 de outubro de 1971, poderão ser aproveitados, a critério do respectivo Ministro Militar e desde que satisfaçam às exigências previstas nos incisos I, II e IV do art. 18 desta Lei.
§ 1º - Os Capelães contratados que deixarem de ser aproveitados na forma deste artigo não terão seus contratos renovados ao término do prazo neles fixado.
§ 2º - Expirado o prazo fixado no respectivo contrato sem que tenha sido aproveitado no Quadro de Capelães Militares da Ativa, será o então titular do contrato extinto incluído no Quadro de Capelães Militares da Reserva Não-Remunerada, com o posto de Capitão-Tenente ou Capitão.
Art . 25 - Os Ministros Militares, para a constituição do Quadro de Capelães Militares da Ativa, especificarão em ato:
I - o número dos atuais Capelães Militares previstos no art. 23 desta Lei que deverão ser aproveitados no Quadro a que se refere o parágrafo único do art. 4º desta Lei;
II - o número dos atuais Capelães Civis contratados que deverão ser aproveitados no Quadro a que se refere o inciso anterior; e
III - o número dos atuais Capelães Militares que serão incluídos no Quadro referido neste artigo, de conformidade com o art. 22 desta Lei.
Art . 26 - Os Capelães Militares aos quais tenham sido concedidas, por mais de 5 (cinco) anos, consecutivos ou não, honras de posto superior ao seu, serão confirmados nesse posto, com todos os direitos, prerrogativas e deveres a ele inerentes.
§ 1º - Os Capelães Militares de que trata este artigo, se ainda na ativa, serão aproveitados no Quadro de Capelães Militares da Ativa, no posto em que forem confirmados.
§ 2º - Aplica-se o disposto no caputdeste artigo aos Capelães Militares que, preenchendo as condições nele previstas, já se encontrarem na inatividade remunerada.
Art . 27 - Os Ministros Militares expedirão as instruções que se fizerem necessárias à execução desta Lei.
Art . 28 - As despesas decorrentes desta Lei serão atendidas à conta das dotações constantes do Orçamento Geral da União.
Art . 29 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.
Art . 30 - Revogam-se a Lei nº 5.711, de 8 de outubro de 1971, e as demais disposições em contrário.
Brasília, em 29 de junho de 1981; 160º da Independência e 93º da República.
JOÃO FIGUEIREDO
José Ferraz da Rocha
Este texto não substitui o publicado no DOU de 30.6.1981
Hospitalar – Prisional – Escolar
Tutelar – Social – Condominial
Cemiterial – Eventos – Familiar
Melhor Idade
Marinha, Exército, Aeronáutica e as Polícias Militares do Amapá e do Rio de Janeiro abriram, somente neste ano, 17 vagas para capelães. Nos quartéis, nada de pegar em armas: apesar de terem um treinamento militar, eles são responsáveis por celebrar casamentos, batizados e formaturas, e visitar hospitais, enfermarias e presídios.
“[O treinamento] Trata-se apenas da parte básica para aprender como funciona a disciplina militar porque a atividade-fim do capelão é a religiosa”, conta Edson Fernandes Távora, de 52 anos, primeiro capelão evangélico concursado da PM do Rio.
Távora entrou na polícia em 1994, no primeiro concurso para o cargo, e passou em primeiro lugar. Antes a capelania tinha apenas padres, nomeados pelo governador. Até agora foram realizados três concursos para capelães na PM do Rio: em 1994, em 2002 e neste ano. De 1994 para cá o número de capelães na corporação dobrou, de 10 para 20.
O capelão afirma que no concurso deste ano concorreram cerca de 200 candidatos – 40 padres para as três vagas de capelães católicos e 160 pastores disputaram as duas vagas de capelães evangélicos.
Távora, que atualmente é chefe do Serviço de Assistência Religiosa da Polícia Militar do Rio, conta que decidiu se tornar capelão militar por considerar "um chamamento de Deus".
“Um pastor que já era combatente da PM me falou sobre o concurso e, como eu estava sem dirigir nenhuma igreja, apenas dando aulas em seminário à noite e aguardando uma posição da denominação, eu prestei o concurso. Percebi que tinha vocação para o trabalho religioso, que isso de levar a palavra de fé para a corporação vinha de Deus”, diz.
Outras religiões
No país há somente capelães militares evangélicos e católicos, de acordo com Aluísio Laurindo da Silva, presidente da Associação Pró-Capelania Militar Evangélica do Brasil.
Esse foi um dos motivos que levou o Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) a pedir na Justiça, no último dia 13, a anulação do concurso público da Aeronáutica para capelães e a proibição de novos concursos para o cargo nas Forças Armadas. Uma das alegações é que a escolha de apenas duas religiões pelo Estado, mesmo que majoritárias, fere o princípio da isonomia, gerando preconceito e inibindo os não-católicos e não-evangélicos de entrar nas Forças Armadas.
O MPF argumenta ainda que contratar, com recursos públicos, orientadores espirituais de qualquer religião para prestar assistência religiosa a determinados funcionários públicos vai contra o princípio de Estado laico, o que torna a seleção inconstitucional.
De acordo com Távora, seria possível abrir concurso para uma terceira religião caso fosse comprovado em novo censo religioso que há grande número de integrantes dessa doutrina na PM do Rio, por exemplo. “Nunca teve isso, a proporção do censo não chegou a essa necessidade.”
Para o padre Alberto Gonzaga de Almeida, de 41 anos, que é capelão militar católico da PM do Rio desde 2002, o Estado é laico, mas as pessoas são religiosas e é necessário prestar assistência espiritual a quem precisa. “O Estado deve oferecer essa assistência”, diz.
Almeida afirma que nunca havia cogitado a possibilidade de entrar para a vida militar quando foi convidado pelo bispo auxiliar na época. “Ele me falou sobre a necessidade de ter a presença da Igreja no meio militar, especialmente na PM do Rio, e achei esse trabalho de grande importância”, diz. Além de atuar como capelão, Almeida é pároco na Paróquia de Santa Edwiges, no Rio de Janeiro.
Na PM, o padre celebra inauguração de companhias, aniversários de batalhões, casamentos comunitários, missas, além de prestar orientação espiritual aos policiais.
“Tem que ter uma postura ecumênica, os padres e pastores trabalham num quadro só, um respeita a doutrina do outro, tudo é feito dentro da postura ecumênica de diálogo”, explica Távora. “Quando é casamento evangélico é com pastor, quando é culto ecumênico pode ser com os dois [padre e pastor], quando morre algum sacerdote católico ou familiar dele, quem faz a bênção é o padre, quando a família não é de nenhuma das duas religiões não escala ninguém.”
Altura mínima é pedida no Exército
O salário inicial é, em média, de R$ 5 mil, e pode chegar, por exemplo, a R$ 11 mil, no caso da Aeronáutica, quando o capelão atinge o posto máximo de coronel.
O Exército prevê, para o ano que vem, outro concurso para capelão militar e informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que haverá vagas para o cargo nos próximos cinco anos. Das 67 vagas de capelão militar, 61 estão ocupadas.
Os concursos para capelães militares católicos só aceitam candidatos do sexo masculino, já que apenas padres podem concorrer. Já nos processos seletivos para capelães evangélicos, dependendo da corporação, são aceitos candidatos de ambos os sexos, como é o caso do Exército. O órgão, assim como a Marinha e a Aeronáutica, limita a idade dos candidatos. No Exército, também existe altura mínima para os capelães.
Os requisitos para concorrer ao cargo variam entre as corporações, mas em todas é exigido que os candidatos sejam padres ordenados ou pastores consagrados, tenham formação superior em teologia e pelo menos três anos de atividades como sacerdote ou pastor. Cada religioso pode somente preencher vagas na sua própria doutrina.
Para ser capelão militar evangélico o candidato deve ser pastor protestante ou evangélico de denominações batista, presbiteriana, metodista, luterana, pentecostal, entre outras, segundo Silva. “Às vezes o edital traz o nome da denominação evangélica à qual o candidato deve pertencer para poder concorrer. Às vezes omite e diz apenas que o candidato deve ser pastor evangélico. Portanto, o interessado deve prestar bastante atenção a esses detalhes, pois corre o risco de ter a inscrição invalidada.”
Processo de seleção
Dependendo da corporação, para ingressar na carreira militar, os candidatos passam por provas objetivas e discursivas, teste de aptidão física, avaliação psicológica, exame médico, investigação social e da vida pregressa e prova de títulos.
Depois de serem aprovados no concurso, os novos capelães passam por um estágio de adaptação que pode durar de três a 10 meses, dependendo da corporação. Antes de entrar na PM do Rio, Távora fez um estágio de adaptação à vida militar que durou seis meses. “Tivemos três meses de atividades militares e outros três meses visitando presídios e hospitais, fazendo assistência religiosa”, conta.
Após o curso de formação, no caso das Forças Armadas, os capelães militares podem ser designados para desenvolver suas atividades em qualquer região do país ou no exterior.
Veja abaixo como funcionam os concursos para capelães militares nas Forças Armadas:
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Aeronáutica |
Exército |
Marinha |
Requisitos |
- Ser do sexo masculino - Ter idade entre 30 e 40 anos - Ter concluído, com aproveitamento, curso superior de formação teológica, reconhecido pela autoridade eclesiástica da religião católica apostólica romana ou da religião evangélica. - Ter sido ordenado sacerdote católico romano ou consagrado pastor evangélico. - Ter o consentimento expresso da autoridade eclesiástica da respectiva religião para exercer atividade pastoral na Aeronáutica. - Possuir, pelo menos, três anos de atividades pastorais como sacerdote apostólico romano ou pastor evangélico, após a ordenação ou consagração (investidura), respectivamente. - Não será aceito diploma de tecnólogo para a comprovação da formação profissional, em nenhuma especialidade.
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- Ser do sexo masculino para sacerdote católico romano e ambos os sexos para pastor evangélico. - Completar, até 31 de dezembro do ano da matrícula no curso de formação, no mínimo 30 anos e, no máximo, 40 anos de idade. - Ter concluído, com aproveitamento, curso de formação teológica regular, de nível superior, reconhecido pela autoridade eclesiástica de sua religião. - Ter sido ordenado sacerdote católico romano ou consagrado como pastor evangélico. - Possuir pelo menos 3 anos de atividades pastorais, comprovadas por documento expedido pela autoridade eclesiástica. - Ter, no mínimo, 1,60m de altura, se for do sexo masculino, ou 1,55m de altura, se for do sexo feminino. |
- Podem concorrer somente candidatos do sexo masculino. - Ter curso de formação teológica regular de nível universitário, reconhecido pela autoridade eclesiástica de sua religião. - Possuir pelo menos 3 anos no exercício de atividades pastorais, como sacerdote ou pastor. - Ter no mínimo 30 anos e no máximo 40 anos de idade no primeiro dia do mês de janeiro do ano de início do curso. - Ter consentimento expresso da autoridade eclesiástica, à qual está subordinado, da respectiva religião, para inscrever-se no processo seletivo e para prestar assistência religiosa, espiritual e moral. |
Local do curso de formação |
O Estágio de Instrução e Adaptação de Capelães é realizado no Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica, em Belo Horizonte, e tem duração aproximada de 13 semanas, abrangendo instruções nos campos geral, militar e técnico-especializado. O posto inicial após o curso é de 2º tenente. |
O Estágio de Instrução e Adaptação para Capelães Militares tem duração de 32 semanas: 12 na Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende (RJ); 4 na Escola de Sargentos das Armas, em Três Corações (MG); e as demais semanas na guarnição onde o capelão será classificado. O posto inicial após o curso é de 2º tenente. |
O curso de formação de oficiais e o estágio de aplicação serão no Centro de Instrução Almirante Wandenkolk, no Rio de Janeiro, com duração de 39 semanas. O posto inicial após o curso é de 1º tenente. |
Salário inicial |
R$ 4,6 mil |
R$ 5.040 |
não informado |
Etapas do processo seletivo |
Exame de escolaridade, exame de conhecimentos especializados, inspeção de saúde, exame de aptidão psicológica e teste de avaliação do condicionamento físico. |
Exame intelectual; inspeção de saúde; exame de aptidão física e revisão médica e comprovação dos requisitos biográficos exigidos dos candidatos. |
Prova escrita de conhecimentos profissionais; prova de expressão escrita; seleção psicofísica; teste de suficiência física; verificação de dados biográficos e exame psicológico |
13/10/2010 12h17 - Atualizado em 13/10/2010 12h30
MPF pede anulação de concurso para capelães da Aeronáutica
Órgão alega que a seleção fere o princípio constitucional do estado laico.
Para MPF, escolha de só duas religiões também fere princípio da isonomia.
Do G1, em São Paulo
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saiba mais
O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) pediu na Justiça a anulação do concurso público da Aeronáutica para contratação de autoridades religiosas, os capelães, e quer proibir o lançamento de novos concursos para o cargo nas Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica). O MPF alega que a seleção fere o princípio constitucional da laicidade do Estado e gera discriminação.
O Departamento de Ensino da Aeronáutica abriu em agosto o concurso para três vagas de sacerdotes católicos apostólicos romanos e uma para pastor evangélico. De acordo com o MPF, o salário é de cerca de R$ 4.590 para prestação de assistência religiosa aos militares.
A procuradoria diz que o concurso está amparado pela Lei 6.923/81, que dispõe sobre o serviço de assistência religiosa nas Forças Armadas. Porém, a procuradora da República Luciana Loureiro Oliveira, entende que contratar, com recursos públicos, orientadores espirituais de qualquer religião para prestar assistência religiosa a determinados funcionários públicos vai contra o princípio da laicidade estatal, o que torna a seleção absolutamente inconstitucional, diz o MPF.
A procuradora diz que a laicidade, em síntese, não impede que o Estado receba a colaboração de igrejas e instituições religiosas voltadas à promoção do interesse público, mas veda qualquer tipo de favorecimento ou de discriminação no âmbito dessas relações.
Apenas duas religiões
De acordo com o MPF, a procuradora alega, também, que “ainda que fosse franqueado à União contratar, de forma onerosa, prestadores de assistência religiosa para atendimento de servidores, a escolha de apenas duas religiões pelo Estado, mesmo que majoritárias, feriria o princípio da isonomia”. Segundo ela, tal privilégio segrega seguidores de outras religiões minoritárias, gerando preconceito e inibindo os não católicos e não evangélicos de entrarem nas Forças Armadas.
21/09/2010 11h34 - Atualizado em 21/09/2010 11h34
Aeronáutica prorroga inscrições para 4 vagas de capelães
Candidatos devem ter formação superior em teologia.
São três vagas para sacerdotes católicos e uma para pastor evangélico.
Do G1, em São Paulo
imprimir
O Departamento de Ensino da Aeronáutica prorrogou as inscrições para 4 vagas para o Exame de Admissão ao Estágio de Instrução e Adaptação para Capelães da Aeronáutica do ano de 2011 (leia aqui o edital).
Confira lista de concursos e oportunidades
São três vagas para sacerdotes católicos apostólicos romanos e uma para pastor evangélico.
Poderão concorrer candidatos do sexo masculino que tenham entre 30 e 40 anos até o dia 31 de dezembro de 2011 e que tenham concluído, com aproveitamento, curso superior de formação teológica. O candidato também deve ter sido ordenado sacerdote católico romano ou consagrado pastor evangélico, além de ter experiência mínima de três anos nas atividades pastorais.
As inscrições devem ser feitas até 30 de setembro pelo sitewww.fab.mil.br. A taxa de inscrição é de R$ 100.
O estágio é ministrado no Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (Ciaar), em Belo Horizonte (MG), e tem duração aproximada de 13 semanas, abrangendo instruções nos campos geral, militar e técnico-especializado.
Os candidatos serão submetidos a exame de admissão, composto de exame de escolaridade, exame de conhecimentos especializados, inspeção de saúde, exame de aptidão psicológica e teste de avaliação do condicionamento físico.
As provas escritas estão prevista para o dia 28 de novembro.
Curso de Capelania Geral. Pág 1
Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.
Curso de Capelania Geral. Pág 2
CAPELANIA HOSPITALAR - Projeto de Ministério de Visitação Hospitalar para
Voluntários
OBJETIVOS:
Atender a deficiência e necessidade de mais pessoas ajudarem no ministério
pastoral de visitação na Capelania e proporcionar uma formação espiritual,
emocional e técnica para o trabalho de visitação e atendimento hospitalar à
pacientes e seus familiares que enfrentam crises em função da doença. Destinase
à cristãos que desejam se preparar melhor para esse ministério e desejam ser
voluntários do trabalho de Capelania do Hospital Presbiteriano Dr. Gordon, por
uma hora por semana.
METODO DO CURSO:
O curso terá aulas teóricas e práticas, sendo as aulas teóricas, com apostilha e
discussão da matéria e relatório das visitas na aula pratica. As aulas práticas
serão realizadas pelos alunos, com visita aos pacientes, trazendo relatórios para
ser examinados nas aulas teóricas. A apostila será entregue todas as aulas com
conteúdo da aula anterior, devendo o aluno ler durante a semana, fazendo suas
observações. No final do curso teremos todas as aulas em uma só apostila.
O Projeto do Ministério de Visitação Hospitalar está divido em quatro
modulo:
I - O Paciente, Seus Sentimentos e Suas Necessidades
II - O Visitador, Sua Função e Suas Atividades
Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.
Curso de Capelania Geral. Pág 3
III - A Visita, Suas Regras e Sua Prática
IV - Os Benefícios, ao Paciente e Família, ao Hospital e Comunidade.
LIVROS RECOMENDADOS:
1. Rosas de Setembro, Marylyn Willett Heavilin, Candeia, 1989.
2. Deus sabe que sofremos, Philip Yancey, Vida, 1999.
3. Mulheres ajudando Mulheres, Elyse Fitzpatrick, CPAD, 2001
4. Decepcionado com Deus, Philip Yancey, Mundo Cristão, 1996.
5. Parceiros de Oração, John Maxwell. Editora Betania, 1999.
6. Igreja: Por que me importar?, Philip Yancey, Editora Sepal, 2000
7. No Leito da Enfermidade, Eleny Vassão, Cultura Cristã, 1997.
CAPELANIA HOSPITALAR - INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: José Francisco Moreira.
Curso de Capelania Geral. Pág 4
Levando o amor de Cristo aos enfermos e necessitados
Atuar nos hospitais levando o amor de Deus, Seu consolo e alívio num momento de dor. Esta é a
principal missão da Capelania Hospitalar, que, através de gestos de solidariedade e compaixão, tem
levado a Palavra de Deus não só aos pacientes, mas também aos seus familiares, sem esquecer ainda
dos profissionais de saúde, tantas vezes vivendo situações de estresse ou mesmo passando por
momentos difíceis. Os capelãos respeitam a religião de cada paciente sem impor nada, apenas
levando a Palavra àqueles que desejarem.
O que faz um capelão?
O capelão, integrante da equipe multidisciplinar de saúde, é uma pessoa capacitada e sensível às
necessidades humanas, dispondo-se a dar ouvidos, confortar e encorajar, ajudando o enfermo a lutar
pela vida com esperança em Deus e na medicina. Oferece aconselhamento espiritual e apoio
emocional tanto ao paciente e seus familiares, como aos profissionais da saúde. É importante elo com
a comunidade local.
REAÇÕES DO ENFERMO PERANTE A DOENÇA
Diante da enfermidade a pessoa se vê tolhida de sua liberdade de ser ela mesma, não pode
desempenhar suas atividades e sente-se ameaçada quanto a seu viver ou futuro. A reação diante de
tudo isso é uma atitude psicológica chamada de MECANISMO DE DEFESA, classificada como
inconsciente.
Eis algumas reações dessa natureza:
- REGRESSÃO – O paciente se torna dependente dos outros, sem autonomia, adotando atitudes
infantis, exagerando desproporcionalmente a gravidade do seu caso; reclama sem fundamento e
constantemente do atendimento e da alimentação; queixa-se que os parentes ou conhecidos não o
visitam.
- FORMAÇÃO REATIVA – Os impulsos e as emoções censuradas como impróprias assumem uma
forma de expressão contrária, aceitável para o consciente. No caso de doenças longas ou piora
gradativa, o paciente afirma que está sendo perseguido pelos funcionários do hospital, adotando uma
atitude defensiva e agressiva, pois estes representam sofrimento para ele.
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Curso de Capelania Geral. Pág 5
Pragueja, xinga, acusa os familiares de falta de interesse, que os médicos são irresponsáveis.
- NEGAÇÃO – Ao tomar conhecimento do diagnóstico, o paciente se recusa a aceitar que esse
problema de saúde é dele. A negação funciona como uma proteção contra a angústia. Ele acha que o
resultado está errado, que outro médico deve ser procurado e continua tentando viver como se a
enfermidade não existisse, evitando falar sobre o assunto. A negação pode ocorrer em crentes que
adotam uma atitude triunfalista ao afirmarem: “Em nome de Jesus já estou curado, Deus não permitirá
que eu seja operado”.
REAÇÕES DOS FAMILIARES DO ENFERMO:
A família acaba sendo afetada e as reações negativas podem ser a de estresse psíquico, ocorrendo
desgaste físico e até depressão. A família se organiza nas suas funções, ocorrendo sobrecarga para
alguns membros familiares e até a omissão de cuidados. A vida sócio-econômica também pode mudar
radicalmente devido as perdas. Os familiares prejudicam o tratamento se forem excessivamente
desconfiados em relação à equipe do hospital, com muitos questionamentos ou palpites. Alguns
familiares se sentem culpados ou transferem a culpa ao paciente. Também podem se sentir vítimas do
destino, castigo de Deus ou retaliação do inimigo. O enfermo muitas vezes precisa se esforçar para
acalmar a família. Conforme a enfermidade, alguns familiares entram em crise de desespero, tirando a
tranqüilidade do paciente.
QUALIFICAÇÕES PARA VISITAÇÃO:
Vários requisitos necessários do visitador:
- Ter sabedoria e humildade para saber que você não é melhor do que ninguém;
- Cultivar uma personalidade amável, agradável, cativante;
- Ter habilidade de comunicar-se;
- Ter humor estável;
- Ter respeito as opiniões religiosas divergentes;
- Ter discernimento e sensibilidade na conversação;
- Saber guardar as confidências dos pacientes;
- Saber usar a linguagem e forma de abordagem a cada pessoa;
- Dar tempo e atenção ao paciente visitado;
- Ter sensibilidade para com discrição, sentir quando é o momento mais oportuno para visitar;
- Saber evitar a intimidade e não invadir a privacidade alheia;
- Saber ouvir.
PRINCÍPIOS A SEREM OBSERVADOS NA VISITAÇÃO A ENFERMOS:
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- Bater à porta.
- Pedir licença ou cumprimentar só verbalmente (a menos que o paciente estenda a mão).
- Se apresentar como pastor(a); obreiro(a).
- Se oferecer para orar (respeitar as negativas) pedindo o favor de abaixar o volume do rádio ou TV.
- Convidar as pessoas do ambiente pra ouvirem a leitura bíblica e oração.
- Caso o enfermo estiver no banho, fazendo curativos ou algum exame, RETORNE POSTERIORMENTE.
- Se a enfermeira estiver atendendo o paciente ou o médico estiver presente no quarto, RETORNAR
POSTERIORMENTE.
- Se o paciente está com algum mal-estar (vômito, dor, confuso), abreviar a visita.
- Às vezes o paciente faz as seguintes solicitações: para ajeitá-lo no leito, pede água ou algum
alimento, solicita medicação.
TODAS essas solicitações devem ser atendidas pelo serviço de
enfermagem.
Por isso, responda ao paciente que ele deve fazer esse pedido a enfermeira, ou em
alguns casos (queda do paciente, escapou o soro) avisar o ocorrido no posto de enfermagem.
- Em alguns casos quando o paciente apresenta um quadro de contaminação, é colocado um cartaz de
alerta e de instruções na porta do quarto. Na dúvida, perguntar no posto de enfermagem e que deve
fazer para entrar no quarto (utilizar máscara, luva, etc).
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
O objetivo da visita NÃO É doutrinação, mas atender à necessidade do paciente; a visita deve ter um
propósito: conforto, consolo para quem sofre.
Muitas vezes, a tentação de “pregar” e apresentar o seu
discurso faz com que muitos se esqueçam de que estão num hospital, desvirtuando, assim, todo o
propósito da visita;
- Quando tiver dúvidas sobre a situação do paciente, procure a enfermeira.
- Ter discernimento para dosar o tempo da visita;
- Não demonstre “pena” do paciente;- Mostre seu interesse pelo paciente, mas sem exageros;
- Preste atenção naquilo que o paciente está falando, verificando quais são suas preocupações;
- Não conduza a sua conversa de tal maneira que exija do paciente grande concentração e esforço
mental para acompanhar (ele pode estar sob o efeito de medicamentos);
Ao paciente que acha que não será curado, encoraje.
Mas, faça-o com prudência, sem promessas
infundadas;
- Não fale sobre assuntos pavorosos;
- Nunca pratique atos exclusivos de auxiliar de enfermagem, tais como: dar água ou qualquer
alimento, ou locomover o paciente, mesmo que seja a pedido dele;
- Nunca discuta sobre a medicação com os pacientes;
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- Mantenha os segredos profissionais (num leito de hospital o paciente fala muita coisa de si mesmo e
de sua vida pessoal);
- Nunca comente nos corredores do hospital, ou fora deles, o tipo de conversa ou encaminhamento de
sua entrevista mantida com o paciente;
- A ética deve ser rigorosamente observada. Tome muito cuidado!
- Não cochiche ! Pacientes apresentam alto nível de desconfiança;
- Aproveite a oportunidade como se fosse a única. Na medida do possível, o ministério junto ao
enfermo, dentro de um hospital deve ser completo, numa “dose única”;
- Evite a intimidade excessiva, não invadindo a privacidade alheia (tanto do paciente quanto do seu
acompanhante);
- Respeite a liberdade do paciente quando ele não quiser (ou não estiver preparado para) falar sobre
seus problemas;
- Nunca tente ministrar o enfermo quando ele está sendo atendido pelo médico ou pela enfermeira, ou
quando estiver em horários de refeições, ou quando a situação impossibilite (familiares, telefonando
ou algo importante que ele está assistindo na TV);
- ð Não faça promessas de qualquer espécie (cura, conseguir medicação, maior atenção dos
profissionais de saúde, transferências, conseguir entrevista com o diretor). O próprio hospital tem
meios de solucionar essas solicitações;
- Em caso de possessão demoníaca, elas precisam ser discernidas;
- Preste atenção nos cartazes afixados na porta do quarto, pois eles orientam por qual motivo você
não pode entrar naquele momento ou quais os cuidados você deve tomar ao entrar no quarto.
Talvez
seja proibida a entrada por causa de curativo, troca de bolsa em pacientes renais, proibição de visita
por ordem médica. O paciente pode estar isolado por causa de problemas de contágio e o cartaz
estará orientando se for necessário utilizar mascaram jaleco, luvas ou evitar tocar no paciente.
Também pode estar tomando banho;
- Evitar apertar a mão do paciente, a não ser que a iniciativa seja dele;
- Nunca sentar-se na cama do paciente, evitando assim contaminar o doente ou ser contaminado por
ele. Quando o paciente está em cirurgia, os lençóis ficam enrolados, não devendo NINGUÉM sentar ali;
- Procurar estar numa posição em que o paciente veja você;- Cuidado se a sua voz for estridente;
- Se for insultado, reaja com espírito cristão;- Em suas conversas, orações, leituras de textos, fale em
tom normal. Evite a forma discursiva e com voz estridente, a não ser que seja em ambiente amplo.
- Observar se o paciente está com mal-estar (náuseas ou dor), procurando abreviar ao máximo a visita.
ATITUDES ADOTADAS PERANTE O PACIENTE E O CORPO CLÍNICO:
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Para o paciente, o médico é a pessoa mais importante no hospital, em quem ele deposita a sua
confiança. É a visita que ele deseja ansiosamente; portanto, quando chegar o médico, procure
encerrar o assunto ou oração ou retirar-se discretamente. Evite dar palpites sobre o tratamento do
paciente ou sobre a conduta do médico. Procure trabalhar em harmonia com o pessoal da
enfermagem, pois os pacientes dependem deles.
APLICAÇÃO BÍBLICA:
Sabemos que a enfermidade é proveniente da raça humana em pecado. Em muitas situações a
enfermidade surge por culpa direta do próprio indivíduo que não cuida do seu corpo como deveria, ou
por causa da violência urbana. Mesmo que o indivíduo seja culpado de sua situação, devemos levarlhe
uma mensagem que Jesus deseja lhe dar saúde total, tanto no corpo como na alma, pois Ele disse:
“Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância“ (João 10:10).
A mensagem que se deve trazer ao enfermo é a mensagem bíblica de esperança e consolo. Essa
mensagem é verbal através da leitura bíblica, oração e aconselhamento. Também, através de
expressão corporal, tais como expressão de carinho, sorriso e demonstração de empatia.
Encontraremos na Bíblia textos relacionados às mais diversas necessidades do ser humano. São
esses textos que devem ser apresentados aos pacientes na esperança de despertamento de fé nas
promessas de vida.
Eis alguns assuntos relacionados ao estado de espírito dos pacientes:
- Aflição – Salmos 34:19 – 86:1 – 119:107 – João 14:1,27
- Angústia – Naum 1:7 – Salmo 4:1 – 18:6 – 60:11 – 119:50
- Ansiedade – Salmos 46:10 – Mateus 6:31-34 – Filipenses 4:6-7 – I Pedro 1:7
- Cansaço – Mateus 11:28-30
- Choro – Salmos 30:2-5 – Apocalipse 21:4
- Desânimo – Salmos 42:11 – Provérbios 18:14 – Filipenses 4:13 – Hebreus 12:3
- Deus se compadece – Isaías 38:18 – Lamentações 3:22-26 – 2 Coríntios 1:3-5
- Direção divina – Salmos 37:5 – João 3:27- Dor – Salmos 41:3 – Isaías 43:4,5
- Fraqueza – Deuteronômio 32:39 – Salmos 31:24 – Isaías 12:2 – 41:10 – Oséias 6:1 – 2 Coríntios 12:7-
10
- Impaciência – Salmos 27:13-14 – 37:8
- Medo – Salmos 34:4- Morte – Ezequiel 18:32 – Salmos 68:20 – Hebreus 2:14-15
- Oração – Salmo 5:1-3 – 66:20 – Lucas 11:9-13
- Pobreza – Salmos 40:17 – 70:5
- Preocupações – Salmos 55:22
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- Raiva – Salmos 37:8 – I Tessalonicenses 5:16-18.
- Sofrimento – Salmos 22:11 – 34:6 – 57:1 – 2 Coríntios 16:18 – Hebreus 12:4-13
- Solidão – Salmos 16:1
- Presença divina – Deuteronômio 31:8
CAPELANIA HOSPITALAR - MODULO I - O Paciente, seus sentimentos e suas
necessidades
MODULO I
O PACIENTE, SEUS SENTIMENTOS E SUAS NECESSIDADES.
1. Fundamentação Bíblica-Teologica do Enfermo e a Enfermidade.
A maneira como vê a enfermidade tem grande influencia na maneira como você
ira tratar o paciente que visita, por isso, é necessário temos uma visão clara dos
que a Bíblia nos diz sobre a enfermidade.
A doença é uma questão que a Bíblia menciona em muitos textos. A doença de
Naamã, Nabucodonosor, o filho de Davi, Jó, Paulo, Timóteo, a sogra de Pedro, e
vários outros e descrito tanto no Velho como no Novo Testamento. Quando Jesus
veio pessoalmente à terra, seu interesse pelos doentes se destacou tanto que
praticamente um quinto dos evangelhos é dedicado ao tema da cura, e o Livro de
Atos registra como a primeira igreja cuidou dos enfermos.
A Bíblia nos fornece sofre a enfermidade pelo menos quatro conclusões que
podem ser úteis nas visitas hospitalares.
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1.1. A Enfermidade faz parte da Vida.
Poucas pessoas, se é que existe alguém atravessam a vida sem experimentar
periodicamente pelos menos uma doença.
Parece provável que a doença tenha
entrado na raça humana como resultado da Quedam, e desta essa época os
homens ficaram sabendo o que é não ter saúde. A Bíblia nos menciona várias
enfermidade como alcoolismo, cegueira, tumores, inflamações, febre, hemorragia,
surdez, mudez, insanidade, lepra, paralisia e várias outras enfermidade. Fica claro
de cada uma delas causa tensão psicológica e física, e todas são mencionadas de
modo a insinuar que a doença faz parte da vida neste mundo.
1.2. Os Cristãos são responsáveis pelo cuidado dos enfermos.
Através de suas palavras e atos, Jesus ensinou que doença, embora comum, é
também indesejável.
Ele passou grande parte do seu tempo curando os enfermos,
encorajaram outros a fazerem o mesmo e mostrou a importância do cuidado cheio
de amor daqueles que são necessitados e doentes. Mesmo dar a alguém um gole
de água era considerado digno de elogios e Jesus indicou que ajudar um doente
era o mesmo que ministrar a Ele, Jesus[1].
1.3. A Enfermidade não é necessariamente um sinal de pecado ou
manifestação de falta de fé.
Quando Jó perdeu sua família, bens e saúde, três amigos vieram visitar com a boa
intenção de consolar, apesar da boa vontade, foram ineficaz, argumentou que
todos esses problemas eram resultados do pecado. Jó descobriu, porém, que a
doença nem sempre é resultado do pecado do indivíduo - cuja verdade Jesus
ensinou claramente[2].
Toda doença tem origem, em análise final, na queda da
humanidade no pecado, mas os casos individuais de doença não são
necessariamente resultantes dos pecados da pessoa doente - embora haja
ocasiões em que o pecado e a doença têm realmente relação[3].
Ao examinar as curas do Novo Testamento temos os seguintes esclarecimentos
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Curso de Capelania Geral. Pág 11
com respeito à enfermidade:
Algumas vezes as pessoas melhoravam por crerem pessoalmente que Cristo
operaria a cura, por exemplo: A mulher com o fluxo de sangue é um bom
exemplo[4].
Houve vezes, no entanto, em que uma pessoa além do paciente teve fé: Vários
pais procuraram Jesus, por exemplo, e falaram de seus filhos doentes, sendo
estes curados[5].
Em outra ocasião, no Jardim do Getsêmani, a orelha de um servo foi curada
embora ninguém tivesse fé, além de Jesus.
Em contraste, vemos Paulo, homem de grande fé em Cristo cujo “espinho na
carne nunca foi tirado”.
Outros ainda não tiveram fé e não foram curados[6].
Com base nesses exemplos fica bastante evidente que a doença não é
necessariamente um sinal de pecado ou manifestação de falta de fé.
A Bíblia não apóia os cristãos que afirmam que os doentes estão fora da vontade
de Deus ou lhes falta fé. Deus jamais prometeu curar todas as nossas moléstias
nesta vida e é tanto incorreto como cruel ensinar que a saúde instantânea sempre
virá para aqueles cuja fé é forte.
1.4. A Enfermidade faz surgir questões difíceis e cruciais sobre o sofrimento.
C.S. Lewis no seu livro, Problema do Sofrimento, resumiu duas questões básicas
que enfrentam todos os que sofrem e que são geralmente levantadas nas visitas:
Se Deus é bom, porque ele permite o sofrimento? Se ele é Todo-Poderoso,
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Curso de Capelania Geral. Pág 12
porque não suspende o sofrimento?
Volumes inteiros têm sido escritos para responder a essas perguntas e o visitador
cristão poderia beneficiar-se com a leitura de alguns deles[7].
1.5. A Enfermidade diante dos problemas éticos.
Hoje existe uma questão polêmica. É o problema da eutanásia junto com o direito
de morrer com dignidade.
Esta problemática levanta questões tais como: O que é
vida? Vale a pena viver com tanto sofrimento? Qual é o valor de prolongar uma
vida que vai morrer mesmo? Quem tem direito para um tratamento médico? Como
crentes precisamos de nos envolver nestas questões para defender e resgatar os
princípios e valores bíblicos.
2. O Paciente e outros problemas associados à enfermidade
Uma enfermidade pode acontecer por uma variedade de causas. Algumas
doenças surgem por meio de um vírus; por falta de higiene; por causa de defeitos
genéticos; por causa de um acidente; por falta de uma alimentação correta ou
adequada; ou velhice. Mas uma enfermidade envolve mais do que um problema
físico. Junto com a enfermidade pode acontecer problemas emocionais,
psicológicos, ou espirituais. Quem trabalha com os enfermos deve saber lidar com
os seguintes problemas:
2.1 A dor física
Pessoas reagem de formas diferentes quando há uma dor. Com certas doenças
há pessoas que sofrem muita dor enquanto outras pessoas não sentem nada. A
diferença pode se atribuída para as experiências com dor, os valores culturais
sobre a dor, ou até uma crença religiosa. Certas pessoas acham que quando
alguém reagiu com a dor, isto representa uma fraqueza. Outras acreditam que
Deus permite a dor e assim a dor deve ser aceita. Há, ainda, indivíduos onde a dor
está relacionada com a ansiedade. Pessoas que trabalham com os enfermos
devem saber lidar com o problema da dor.
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Curso de Capelania Geral. Pág 13
O visitante deve reconhecer a aceitar essas diferenças individuais. Elas
influenciam as emoções da pessoa doente, as reações e o prognóstico de
recuperação.
2.2. As emoções do paciente
Não é fácil ficar doente especialmente quando nossas rotinas são interrompidas,
quando não compreendemos o que está errado com nossos corpos, ou não
sabemos quando ou se iremos sarar. Quando ficamos doentes o bastante para
procurar ajuda médica, devemos nos submeter ao cuidado de estranhos, alguns
dos quais são mais indiferentes ou científicos do que compassivos e sensíveis.
Tudo isto aumenta nossa sensação de desânimo em face da doença.
O Dr. James Strain, no seu livro Psychological Care of the Medically III, nos
sugere que os doentes, especialmente os hospitalizados, experimentam sete
categorias de tensão psicológica:
1. Tensão da ameaça à nossa Integridade
Os enfermos são submetidos para uma série de experiências onde eles não têm
controle sobre as circunstâncias.
O paciente tem que obedecer um médico, ouvir uma enfermeira, se submeter a
estrutura de um hospital ou agenda estabelecida pelo tratamento médico, aceitar
ordens para dormir, receber orientações para tomar medicamentos, ser instruído
sobre o que deve ou não deve comer, etc. Um enfermo volta a ser uma "criança" e
isto não é fácil.
2. Tensão do Medo de Estranhos
Os pacientes têm medo de que suas vidas e seus corpos tenham que ser
colocados nas mãos de estranhos com quem talvez não tenham qualquer laço
pessoal.
3. Tensão da Ansiedade pela Separação
A enfermidade nos separa: amigos, lar, rotina costumeira, trabalho. Durante a
internação no hospital ficamos separados das pessoas e das coisas que nos são
familiares, no momento em que mais precisamos delas.
4. Tensão do Medo de Perder a Aceitação.
A doença e os ferimentos podem deixar as pessoas fisicamente deformadas,
obrigando a moderar suas atividades e tornar dependentes de outros. Tudo isto
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pode ameaçar a sua auto-estima e levar a temer que devido a essas mudanças as
pessoas não irão mais amá-los ou respeitá-los.
5. Tensão do Medo de Perder o Controle.
Perder o controle de força física, agilidade mental, controle dos intestinos e
bexiga, controle dos membros da fala, ou a capacidade de dominar as suas
emoções é uma ameaça para os pacientes. E estas ameaças se tornam maiores
quando o pacientes está exposto em um leito de hospital.
6. Tensão do Medo de expor ou perder partes do Corpo.
As pessoas doentes precisam expor as partes do corpo que doem e submeter-se
ao exame visitual e toque por parte da pessoa do médico. Isto pode ser
embaraçoso e por vezes ameaçador, especialmente quando se torna aparente
que uma parte de nosso corpo este doente, tem que ser operada ou mesmo
removida.
7. Tensão da Culpa e Medo do Castigo.
A doença ou acidentes levam muitas vezes a pessoa a pensar que seu sofrimento
possa ser um castigo por pecados ou faltas cometidas no passado. Como vimos,
esta era a opinião dos amigos de Jó e tem sido aceita por milhares de pessoa
deste então. Deitados na cama e se perguntando “Por que?” essas pessoas
podem se deixar vencer pela culpa, especialmente se não houver
restabelecimento.
Apesar de essas tensões serem comuns aos enfermos, temos que saber que
existem diferenças no modo das pessoas reagirem. Algumas sentem ainda outras
emoções:
Deprimidas com a doença.
Desanimadas com o tratamento
Frustradas com a vida.
Iradas com médicos e com Deus.
Culpadas por não cuidarem da saúde.
Confusas com o prognóstico.
3. A reação da família.
Quando uma pessoa fica enferma, sua família é afetada e, percebendo isto, o
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paciente se perturba. As mudanças na rotina familiar devido a doença, problemas
financeiros, dificuldades em organizar as visitas ao hospital, e até a perda da
oportunidade de manter relações sexuais para o casal, podem criar tensão que
ocasionalmente redunda em fadiga, irritabilidade e preocupação.
Numa tentativa de se animarem mutualmente e evitarem a preocupação, o
paciente e a família algumas vezes se recusam a discutir seus verdadeiros
temores e sentimentos uns com os outros, e como resultado, cada um sofre
sozinho.
4. Sentimento de esperança
A Dor Física, as emoções do paciente, e as reações da família, nos dão a
impressão de um quadro sombrio da enfermidade. Mas em todas as fases da
enfermidade, o paciente passa pelo sentimento de esperança. O ditado popular “a
esperança é a última que morre”, é real no momento na doença, e quando o
paciente deixa de manifestar esperança, trata-se geralmente de um sinal que a
morte se aproxima. Mesmo pessoas gravemente enfermas, que têm uma idéia
real sobre a sua condição, descobrem que a esperança as sustenta e encoraja
especialmente em momentos difíceis.
Pesquisas médicas verificaram que os pacientes sentem-se melhor quando há
pelo menos um raio de esperança. Isto não significa que devamos mentir sobre a
condição do paciente. Mas, a psiquiatra Elisabeth Kubler-Ross em seu livro, Sobre
a Morte e o Morrer, escreve que “partilhamos com eles a esperança de que algo
imprevisto pode acontecer, que podem ter uma melhora, vindo a viver mais do que
o esperado”.
O cristão tem ainda mais esperança no conhecimento de que o Deus cheio de
amor, o soberano do universo, se interesse por ele tanto agora com na eternidade.
Por isso, a grande missão do visitador é levar consolo e esperança aos pacientes,
e o visitador cristão tem como recuperar a esperança daqueles que passa por
tantas dores e sentimentos variados. ¨
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CAPELANIA HOSPITALAR - MODULO II - O Visitador, sua Função e suas
Atividades
MODULO II
O VISITADOR, SUA FUNÇAO E SUAS ATIVIDADES
Assuntos que devem ser avaliados com respeito ao trabalho com os enfermos:
* O hospital é uma instituição que busca uma cura física. Temos que respeitar o
ambiente, a estrutura hospitalar e trabalhar dentro das normas estabelecidas.
Como evangélicos a Constituição Brasileiro nos da direitos de atender os doentes,
porém não é um direito absoluto. Devemos fazer nosso trabalho numa forma que
não atinga os direitos dos outros.
* Como é que você encara uma doença ou o sofrimento humano? Tem que avaliar
suas atitudes, seus medos, suas ansiedades, etc. Nem todos podem entrar numa
enfermaria ou visitar um doente no lar, porque não é fácil lidar com situações que
envolve o sofrimento humano.
* Quando visitamos os enfermos devemos estar atentos aos sentimentos e
preocupações deles. Nossa agenda precisa priorizar os assuntos que eles
desejam abordar.
* Como crente em Jesus temos algo que todos desejam: esperança. Deve
expressar esta esperança de maneira realística e com integridade. Tenha cuidado
com promessas feitas em nome de Deus. Podemos levar palavras seguras, mas
devemos evitar a criação de uma esperança falsa.
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* Observar e respeitar as visitas de outros grupos. Faça seu ministério sem
competir ou entrar em conflitos. Seja uma boa testemunha.
* Saiba utilizar bem nossos instrumentos de apoio que são: oração, a Bíblia, apoio
da igreja, e a esperança em Jesus Cristo, o Médico dos Médicos.
* Ore e confie no Espírito Santo para lhe ajudar.
* Aprenda os textos Bíblicos apropriados para usar nas visitas hospitalares ou nos
lares dos enfermos.
*Aprenda algumas normas, regras, e orientações para visitar os enfermos.
A Prática
Como capelão por mais de 20 anos do Hospital Presbiteriano Dr. Gordon, procurei
desenvolver um ministério prático de visitação. Este projeto de Voluntários para a
Capelania do Hospital que segue representa o aprendizado da teoria que foi
confirmada e ampliada na prática. Cada experiência de Capelania Hospitalar ou
cada visita aos enfermos são experiências distintas. Porém, os princípios, os
valores, as regras, e as normas são semelhantes e válidos para todos os casos.
1. Como criar seu espaço de trabalho:
* Entender seu propósito
* Ganhar seu direito
* Trabalhar com equipe médica
2. Deve:
* Identificar-se apropriadamente.
* Reconhecer que o doente pode apresentar muita dor, ansiedade, culpa,
frustrações, desespero, ou outros problemas emocionais e religiosas. Seja
preparado para enfrentar estas circunstâncias.
* Usar os recursos da vida Cristã que são: oração, Bíblia; palavras de apoio,
esperança, e encorajamento; e a comunhão da igreja. Se orar, seja breve e
objetivo. É melhor sugerir que a oração seja feita. Uma oração deve depender da
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liderança do Espírito Santo, levando em consideração as circunstâncias do
momento, as condições do paciente, o nível espiritual do paciente, as pessoas
presentes, e as necessidades citadas.
* Deixar material devocional para leitura: folheto, Evangelho de João, Novo
Testamento, etc.
* Visitar obedecendo as normas do Hospital ou pedir de antemão, se uma visita no
lar é possível e o horário conveniente.
* Dar liberdade para o paciente falar. Ele tem suas necessidades que devem
tornar-se as prioridades para sua visita.
* Demonstrar amor, carinho, segurança, confiança, conforto, esperança, bondade,
e interesse na pessoa. Você vai em nome de Jesus.
* Ficar numa posição onde o paciente possa lhe olhar bem. Isto vai facilitar o
diálogo.
* Dar prioridade ao tratamento médico e também respeitar o horário das refeições.
* Saber que os efeitos da dor ou dos remédios podem alterar o comportamento ou
a receptividade do paciente a qualquer momento.
* Tomar as precauções para evitar contato com uma doença contagiosa, sem
ofender ou distanciar-se do paciente.
* Aproveitar a capela do hospital para fazer um culto. Se fizer um culto numa
enfermaria pode atrapalhar o atendimento médico de outros pacientes ou
incomodá-los. Deve ficar sensível aos sentimentos e direitos dos outros.
* Avaliar cada visita para melhorar sua atuação.
3. Não deve:
* Visitar se você estiver doente.
* Falar de suas doenças ou suas experiências hospitalares. Você não é o
paciente.
* Criticar ou questionar o hospital, tratamento médico e o diagnóstico.
* Sentar-se no leito do paciente ou buscar apoio de alguma forma no leito.
* Entrar numa enfermaria sem bater na porta.
* Prometer que Deus vai curar alguém. As vezes Deus usa a continuação da
doença para outros fins. Podemos falar por Deus, mas nós não somos o Deus
Verdadeiro.
* Falar num tom alto ou cochichar. Fale num tom normal para não chamar atenção
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para si mesmo.
* Espalhar detalhes ou informação íntima ou o paciente. Pode orienta-los, mas
deixe eles tomarem as decisões cabíveis e sobre o paciente ao sair da visita.
* Tomar decisões para a família ou o paciente. Pode orienta-los, mas deixe eles
tomarem as decisões cabíveis e sob a orientação médica.
* Forçar o paciente falar ou se sentir alegre, e nem desanime o paciente. Seja
natural no falar e agir. Deixe o paciente a vontade.
Numa visita hospitalar ou numa visitação em casa para atender um doente,
sempre observamos vários níveis de comportamento. Cada visita precisa ser
norteada pelas circunstâncias, os nossos objetivos ou alvos, e as necessidades da
pessoa doente.
As perguntas servem como boa base para cultivar um relacionamento pessoal. As
perguntas foram elaboradas pelo Dr. Roger Johnson num curso de Clinical
Pastoral Education em Phoenix, Arizona, EUA . Dr. Johnson nos lembra que há
perguntas que devemos evitar. Perguntas que comecem com "por que" e
perguntas que pedem uma resposta "sim"ou "não" podem limitar ou inibir nossa
conversa pastoral. Segue uma lista de perguntas próprias. A lista não é exaustiva
e as pessoas podem criar outras perguntas. A lista serve como ponto de partida
para uma conversa pastoral.
* O que aconteceu para você encontrar-se no hospital?
* O que está esperando, uma vez que está aqui?
* Como está sentindo-se com o tratamento?
* Como está evoluindo o tratamento?
* O que está impedindo seu progresso?
* Quanto tempo levará para sentir-se melhor?
* Quais são as coisas que precipitaram sua enfermidade?
* Ao sair do hospital ou se recuperar, quais são seus planos?
* Como sua família está reagindo com sua doença?
* O que você está falando com seus familiares?
* O que seus familiares estão falando para você?
* O que você espera fazer nas próximas férias (outro evento ou data importante)?
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Curso de Capelania Geral. Pág 20
Os enfermos passam por momentos críticos. Devemos ficar abertos e preparados
para ajudar com visitas e conversas pastorais. Os membros de nossas igrejas
podem atuar nessa área. Uma visita pastoral ou conversa pastoral serve para dois
aspectos de nossa vida.
Primeiro, uma visita demonstra nossa identificação humana com o paciente. Como
ser humano nós podemos levar uma palavra de compreensão, compaixão, amor,
solidariedade e carinho. Segundo, na função de uma visita ou conversa pastoral
representamos o povo de Deus (Igreja) e o próprio Deus na vida do paciente.
Assim, levamos uma palavra de perdão, esperança, confiança, fé, e a
oportunidade de confissão. O trabalho pastoral visa o paciente como um "ser
humano completo, holístico" e não apenas como um corpo ou um caso patológico
para ser tratado.
CAPELANIA HOSPITALAR - MODULO III - A Visita, suas Regras e sua Prática
MODULO III
A VISITA, SUAS REGRAS E SUA PRÁTICA
1. Dez maneiras de tornar agradável a visita ao Hospital.
Sugestões a serem consideradas ao visitar alguém no hospital.
· A permanência no hospital pode ser uma experiência de isolamento e
desumanização. A privacidade e a modéstia são considerações importantes que
precisam ser respeitadas. Lembre-se de que durante toda a hospitalização, o
quarto do paciente é o seu local de dormir. Este espaço deve ser tratado com o
mesmo respeito que a sua casa. Não hesite em perguntar se não estiver certa do
que é apropriado ou do que pode perturbar o paciente. Não sente na cama, a não
ser que seja convidada a isso. Mesmo assim, tenha cuidado para não interferir
com qualquer tratamento ou exigências de isolamento, Lembre-se de que uma
infecção que você nem notou pode ser fatal ao paciente que tiver
imunodeficiência.
· Seja amável com a equipe do hospital e respeite as normas estabelecidas.
· Faça com que a sua visita ajude o paciente de modo significativo para ele no
momento. Peça sugestões se tiver dúvidas. A simples disposição de passar tempo
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Curso de Capelania Geral. Pág 21
com alguém hospitalizado é um dom precioso. A duração de sua visita deve ser
apropriada à situação do paciente. Não demore demais. Várias visitas podem ser
menos cansativas para alguém que está muito doente. As visitas mais demoradas
ajudam a passar o tempo para os pacientes ativos confinados ao leito ou ao
quarto numa hospitalização prolongada.
· Pergunte ao paciente/família qual a melhor hora para uma visita. Você talvez
possa fazer companhia a ele num horário em que os membros da família não
tenham condições de fazê-lo. Desse modo estará ministrando tanto ao paciente
como aos que cuidam dele.
· Presença silenciosa e ouvir em silêncio são maneiras poderosas de apoiar
alguém que está doente. Procure observar seus sinais de fadiga ou desconforto.
· As atividades podem tornar-se diversões esplêndidas. Um piquenique os desta
de aniversário no saguão pode reanimar o doente. Quer seja uma ocasião
particular compartilhada com a família ou um convite aberto para todo andar,
certifique-se de informar a equipe do hospital sobre todos os preparativos. Planos
cuidadosos talvez tenham de ser montados de acordo com o regime ou nível de
energia do paciente. Um pouco de criatividade quase sempre ajuda muito a tornar
a ocasião uma lembrança muito especial para todos os envolvidos.
· Manter contato com a família e os amigos é importante para os hospitalizados.
Quando, porém, você está doente e sofrendo, a menor tarefa é um sacrifício - por
mais que deseje o contrário.
· Se possível leve o paciente para uma visita fora do hospital. Sol e ar fresco
podem ser terapêuticos. Isso ajudará os doentes a longo tempo a manterem
contato com a natureza e o mundo fora do hospital.
· Empenhe-se para que o paciente receba o jornal diariamente. Se necessário,
leia-o para ele todos os dias. Tome cuidado para anotar itens que possam ser de
particular interesse do paciente ou algo que ele queira acompanhar. Tome tempo
para discutir pontos de interesse do paciente. Você está dando a ele uma
oportunidade de interagir com o mundo fora de sua cama do hospital. Estão
também reforçando a sua individualidade e propósitos, coisas que se perdem
facilmente durante uma hospitalização prolongada.
· Ajude alguém do hospital nos de eleição. Cédulas para confirmar a ausência
podem ser obtidas na cidade de origem do paciente.
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2. Normas práticas para a Visitação Hospitalar.
· Não entre em qualquer quarto ou apartamento sem antes bater na porta.
· Verifique se há qualquer sinal expresso de: "proibido visitas"
· Respeite sempre o horário pré-estabelecido para sua atuação.
· Observe se à luz está acesa e a porta do quarto fechada. Em caso de positivo,
espere que o doente seja atendido pela enfermeira ou médico, antes de você
entrar.
· Tome cuidado com qualquer aparelhagem em volta da cama. Evite esbarrar na
cama ou sentar-se nela.
· Avalie a situação logo ao entrar, a fim de poder agir objetivamente quanto ao tipo
e duração da visita. (Se o paciente está disposto, indisposto).
· Procure se colocar numa posição ao nível visual do paciente, para que ele possa
conversar com você sem se esforçar. Em quartos onde há mais enfermos,
cumprimente os outros, mas se concentre naquele com quem você deseja
conversar.
· Fale num tom de voz normal. Não cochiche com outras pessoas no quarto.
Também não é conveniente gritar na hora da oração.
· Se a pessoa ainda não o conhece, apresente-se com clareza.
· Deixe com o doente a iniciativa do aperto de mão e faça-o com clareza.
· Dê prioridade ao atendimento dos médicos e enfermeiras, assim como no horário
das refeições, saia do quarto.
· Ao contemplar alguém sofrendo, lembre-se de que as reações emocionais
negativas podem ser detectadas pelo doente e seus familiares. Sem afetações,
procure descobrir o que seu tom de voz e sua expressão facial e seus gestos
estão comunicando.
· Concentre-se em atender às necessidades daquela pessoa diante de você. Não
adianta falar do outro nem de si mesmo.
· Não queira forçar o doente a se sentir alegre, nem o desanime. Aja com
naturalidade, pois se você se sentir à vontade ele terá maior probabilidade de ficar
à vontade.
· Não dê a impressão de estar com pressa, nem se demore até cansar o doente.
Encontre a duração exata para cada situação.
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Curso de Capelania Geral. Pág 23
· Não tente movimentar um doente, na cama ou fora dela. Chame a enfermeira se
ele o desejar.
· Fique sabendo que os efeitos da dor e dos remédios podem alterar o
comportamento ou a receptividade do paciente de um momento para outro.
· Se você mesmo está doente, não faça visitas.
· Utilize os recursos da religião sem constrangimentos, mas com inteligência. Não
fira a sensibilidade de um ateu, agnóstico ou comungante de outra religião.
· Lembre-se das regras fundamentais de assistência pastoral:
· O ponto de partida para o seu trabalho é a situação e o estado em que a outra
pessoa se encontra.
· Seu objetivo primário é conduzi-la a um estágio de sã condição físico-emocionalreligiosa
atual.
· Sua contribuição no processo terapêutico é singular e necessário, mesmo que
você nem sempre sinta assim.
3. Ajudando através da arte de escutar.
Escutar é uma arte que pode ser desenvolvida. Os princípios abaixo relacionados,
se posto em prática, ajudarão você a crescer na arte de escutar e,
conseqüentemente, na habilidade de ajudar a outras pessoas.
3.1. Analise sua atitude íntima.
Quais os seus sentimentos em relação à pessoa com quem você está
conversando? Você tem algum preconceito em relação a ela? Ela lhe é
repugnante? Há hospitalidade entre vocês? Tudo isto vai afetar o significado de
que você ouvirá dela. As palavras perdem seu sentido quando nossas emoções
não nos permitem escutar com objetividade. Precisamos desenvolver uma atitude
de aceitação da pessoa, do que ela diz, sem julgá-la ou condená-la. Não estamos
defendendo qualquer posição, mas tentando ouvir os verdadeiros sentimentos de
quem fala.
Por outro lado, não devemos insistir para que o entrevistado defenda seu ponto de
vista, ou utilize determinado vocabulário ou estilo de linguagem. Não devemos
expressar julgamento para não tolher a fluência de seus sentimentos.
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3. 2. Preste bastante atenção
Repare o tom de voz. Que estado emocional ele revela? Uma voz baixa, um fala
monótona, pode indicar depressão emocional. Falar rapidamente, de forma
agitada, pode se uma depressão extrema. Falar depressa e em voz alta pode
indicar o efeito de drogas. Você poderá dizer: - "Pela sua voz, tenho a impressão
de que você está muito..." Se a pessoa chora enquanto fala, permita-lhe este
privilégio.
3.3. Desenvolva a capacidade de avaliar as emoções.
Na linguagem comum, há palavras que expressam emoções diversas: convicção,
perturbação, irritação, alegria, felicidade. O tom de voz em que elas são
proferidas, lhes dão um significado maior que o dicionário não pode definir. Cabe a
nós avaliar este conteúdo emocional da comunicação.
3.4. Reflita as emoções que você está percebendo.
É preciso fornecer ao entrevistado uma "retro visão" das emoções que ele está
transmitindo. A pessoa ficará satisfeita se você revelar que entendeu qual o
problema dela. Isto não é apenas repetir o que a pessoa já disse, literalmente,
mas refletir seus sentimentos com nossas próprias palavras.
3.5. Evite a agressividade.
· Não domine a conversa.
· Quando falamos muito a pessoa se confunde.
· Não discuta nem revele hostilidade ou ressentimento.
· Não tente manipular as pessoas, nem as enganar .
3.6. Evite a passividade e a timidez exagerada.
· Não há necessidade de concordar com tudo o que a pessoa diz.
· É mais importante entender o que ela diz do que criar uma impressão favorável.
· Não é necessário que a pessoa fique totalmente despreocupada. A solução dos
problemas vem por meio das tensões.
· Não seja passivo como uma esponja. Demonstre interesses na participação do
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diálogo. Esteja preparado para responder.
· Não se prenda aos detalhes da conversa. Identifique as informações básicas
para compreender o interlocutor.
3.7. Normas para escutar:
· Escutar é um processo. Não é discursar. Você precisa identificar-se com a
pessoa que fala.
· Demonstre compaixão e aceitação, ainda que suas convicções pessoais sejam
diferentes.
· A pessoa está apresentando um problema que lhe parece insolúvel. Aceite seu
estado de confusão e ajude-a observar os diferentes aspectos do problema: sua
origem, quem está envolvido nele, possível soluções etc.
· Demonstre amizade e interesse. O problema é grande. Leve a carga com a
pessoa até que ela possa levá-la sozinha.
· As vezes, a pessoa tenta diminuir o problema. Isto pode revelar falta de
confiança em sua ajuda ou ausência de auto-estima. As vezes, o problema não
nos parece sério, mas devemos reconhecer que ele é sério para a pessoa que
está sofrendo com ele.
· Procure dividir o problema em várias partes para atacá-las separadamente.
· Dê oportunidade para a pessoa esclarecer sua posição. Isto facilitará a
compreensão dos problemas e como solucioná-los.
· Se descobrir contradições na conversa, revele-as à pessoa. Isto a ajudará a se
sentir menos confusa e ansiosa.
· Pergunte se ela já enfrentou um problema semelhante no passado. Ela vai
recordar que tem habilidade para superar a situação como já aconteceu.
· Discuta as várias alternativas para resolver o problema. Evite conselhos
estereotipados. Anime a pessoa a restabelecer relações com pessoas de
importância em sua vida (parente, amigos, pastor).
· Evite fazer perguntas com respostas predeterminadas. São mais válidas as
perguntas que despertam o sentido do relacionamento.
· Dê ênfase ao tempo presente e objetivo da entrevista. Veja se tem possibilidade
de ajudar essa pessoa nessa circunstância, ou encaminhe-a a outra pessoa.
· Não se deve alimentar esperanças infundadas. Evite dizer: "Não se preocupe,
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está tudo bem".
· Termine a conversa apresentando objetivamente o que deverá ser feito. Deixe a
pessoa tomar a decisão adequada e assumir a responsabilidade.
· Admita suas capacidades e limitações, você é humano e finito. Deixe Deus agir
onde você é suficiente.
CAPELANIA HOSPITALAR - Modulo IV - Os Benefícios: ao Paciente e sua
Família, ao Hospital e a Comunidade.
MODULO IV
OS BENEFÍCIOS: AO PACIENTE E SUA FAMÍLIA,
AO HOSPITAL E A COMUNIDADE.
A visita hospitalar e o cuidado espiritual oferecem benefícios distintos para os
pacientes e seus familiares, o pessoal de cuidado médico profissional, a próprio
hospital, e a comunidade dentro os quais reside. Estes benefícios crescentemente
são demonstrados através de estudos de pesquisa.
1. Os Benefícios para os pacientes e sua família.
Seis áreas de pesquisa estão resumidas aqui, que descreve os benefícios de
atenção à espiritualidade de pacientes e seus familiares.
1.1. Apoio Espiritual e sua Prática.
Um corpo crescente de pesquisa demon
stra os benefícios da saúde relacionados
a religião, fé e sua prática.
Um estudo foi publicado com de 42 mortalidades envolvendo aproximadamente
126.000 participantes demonstrou que as pessoas que ajudadas com
envolvimentos religiosos freqüentes foram significativamente provado viver mais
tempo comparado a pessoas que eram não freqüentemente envolvidas(1).
Em um estudo de quase 600 pacientes idosos, severamente doentes,
hospitalizados, esses buscaram um envolvimento com o amor de Deus, com
também apoio de pastores e voluntários, visitantes membros da igreja, estavam
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Curso de Capelania Geral. Pág 27
menos deprimido e com qualidade de vida melhor, até mesmo depois de saber da
severidade da doença deles(2).
No estudo de 1.600 pacientes de câncer, a contribuição espiritual ao paciente que
tinha boa qualidade de vida era semelhante ao seu bem estar físico. Entre
pacientes com sintomas significantes como fadiga e dor, esses com vida espiritual
atuante é tido com uma qualidade significativamente mais alta de vida(3).
CONCLUSÃO: Estes e outros estudos demonstram que a fé traz impacto de
bem estar prático emocional e físico. Capelães, pastores e voluntários fazem
um papel integrante de apoio e fortalecimento destes recursos religiosos e
espirituais.
1.2. A Importância do Cuidado Espiritual para enfrentar a Doença.
Um estudo de adultos mais velhos achou que mais da metade informou que a
religião deles era o recurso mais importante que os ajudou na luta com doença(4).
Em outro estudo, 44 % dos pacientes informaram que a religião era o fator mais
importante que os ajudou na luta com a doença deles ou hospitalização(5).
Em um estudo de mulheres com câncer de peito, 88 % informaram que religião
era importante para elas e 85 % indicaram que a religião ajudou a enfrentar(6).
Semelhantemente, 93 % das mulheres em um estudo de pacientes de câncer
ginecológicos informaram que a religião aumentou a sua esperança(7).
Um estudo com pacientes de câncer de peito informou que 76 % tinham orado
sobre a situação deles como um modo para enfrentar o diagnostico(8).
Estudos demonstram que estar bem espiritualmente ajuda as pessoas amoderar
os sentimentos dolorosos que acompanham a doença: ansiedade(9),
desesperança(10), e isolamento(11).
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Curso de Capelania Geral. Pág 28
Muitos pacientes esperam que os capelães e voluntários os ajudem com tais
sentimentos infelizes(12).
O estudioso Paragment cita muitos estudos adicionais que demonstram a
importância do cuidado espiritual na luta das pessoas que lidam com doença.
CONCLUSÃO: As pessoas procuram cuidados espirituais durante doença e
em outras experiências dolorosas. Capelães e voluntários devem estar
prontos para dar ajuda espiritual na luta das enfermidades.
1.3. Respondendo a Angústia Espiritual
Estudos apontam à importância de angústia espiritual, quer dizer, conflitos
religiosos ou espirituais não resolvidos e dúvidas. Esta angústia é associada com
a perda de saúde, recuperação, e ajuste com a doença(13).
CONCLUSÃO: Capelães e visitantes tem um papel especialmente importante
identificando os pacientes em angústia espiritual e os ajudando solucionar
os problemas religiosos ou espirituais deles, enquanto melhorando a saúde
deles e ajustando assim.
1.4. Aumentando estratégias para enfrentar a doença.
Estudos demonstram que estar bem espiritualmente ajuda as pessoas a moderar
os sentimentos dolorosos que acompanham a doença: ansiedade(14),
desesperança(15), e isolamento(16). Muitos pacientes esperam que os capelães e
voluntários os ajudem com tais sentimentos infelizes(17).
CONCLUSÃO: As pessoas querem cuidados espirituais durante doença e
outras experiências dolorosas, procurando ajuda. Capelães e voluntários
devem estar preparados para dar ajuda espiritual na luta com estes
sentimentos.
1.5. Cuidando das Famílias
Freqüentemente os familiares sofrem angústia semelhante ou mais intensa que os
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Curso de Capelania Geral. Pág 29
que estão hospitalizados. Em alguns estudos, pacientes indicaram que as funções
da capelania mais importantes são aquelas que estão ajudando os seus familiares
com os sentimentos associados com doença e hospitalização(18).
Em um estudo, 56 % das famílias identificaram a religião como o fator mais
importante para ajudar a enfrentar a doença de um ente querido deles(19).
Um outro estudo indicou que os familiares queriam o cuidado espiritual dos
capelães mais que os pacientes(20).
Comparado a esses, os familiares dos pacientes de Alzheimer que adoravam a
Deus regularmente e que sentia as necessidades espirituais satisfeitas informaram
que diminuíram a tensão(21).
CONCLUSÃO: Famílias confiam em religiosos e recursos espirituais para
enfrentar com os níveis altos de angústia durante a doença de um querido. O
cuidado de um capelão e voluntários para os familiares tem um impacto
positivo.
1.6. A satisfação do paciente e sua família com o cuidado espiritual provido
por capelães.
Estudos indicam que 70 % dos pacientes está atento as necessidades espirituais
relacionados à doença deles(22).
Estudos de pacientes em hospitais de cuidado agudos indicam que entre um terço
e dois terços de todos os pacientes queira receber cuidado espiritual(23).
Quando os capelães ajudam a família de um paciente, o mais provável é que o
paciente vai escolher aquela instituição novamente para hospitalização futura(24).
Um grande estudo de VandeCreek e Lyon mostrou a satisfação dos pacientes e
familiares com as atividades dos capelães: A maioria dos pacientes estava
satisfeita com o cuidado espiritual provido por capelães(25). A satisfação com a
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Curso de Capelania Geral. Pág 30
assistência da capelania pelos familiares dos enfermos era até mais alta do que
informado pelos pacientes. As visitas do capelão "fizeram a hospitalização mais
fácil" porque a visita proveu "conforto" e ajudou para o paciente a relaxar.
O
capelão ajudou para os pacientes "a melhorar mais rápido" e aumentou a
prontidão dos pacientes para voltar para casa" porque as visitas lhes ajudaram a
sentir mais esperançoso.
CONCLUSÃO: Os pacientes e seus familiares estão freqüentemente atentos
as suas necessidades espirituais durante hospitalização, desejam a atenção
espiritual profissional a essas necessidades, e respondem positivamente
quando recebem atenção - influenciando na sua recomendação do hospital a
outros.
2. Os Benefícios para o Hospital e Comunidade.
2.1. Para os Profissionais de Saúde
Profissionais da Saúde, inclusive os médicos e enfermeiras, às vezes
experimentam tensão ao trabalhar com os pacientes e familiares. Esta tensão
aumentou recentemente porque mudanças econômicas conduziram a menos
profissionais que provêem cuidado pelos pacientes seriamente doentes. Capelães
podem prover cuidado espiritual sensível, encorajador a estes pacientes e as suas
famílias por períodos de tempo estendidos, permitindo assim para outros
profissionais prestar atenção a outros deveres.
Capelães fazem um papel importante ajudando profissionais de saúde a enfrentar
os seus problemas pessoais. A palavra encorajadora pode aumentar a moral e
bom senso do pessoal.
Um estudo relata que 73 % de médicos de UTI e enfermeiras acreditam que
prover conforto a eles é um papel importante do capelão, e 32 % acreditam que os
capelães deveriam estar disponíveis ajudar pessoal com problemas pessoais(26).
2.2. Para os Hospitais
Os serviços de capelães e voluntários beneficiam hospitais pelo menos em 9
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meios.
Os capelães e voluntários ajudam hospitais a satisfazer as expectativas dos
pacientes com serviços de cuidado espirituais competentes, compassivos,
enquanto melhoram assim a imagem do hospital.
Em uma época de medicamento de alta tecnologia, hospitalizações breves, e
breves contatos com os médicos e outros profissionais de saúde, os capelães e
voluntários oferecem um das poucas oportunidades para os pacientes discutirem
as suas preocupações pessoais e espirituais.
Os capelães e voluntários que especializaram na área de capelania por
organizações profissionais. Podem oferecer curso de visitação a voluntários das
igrejas. Desde participantes em programas, podem ter vários voluntários
prestando cuidado espiritual ao hospital sem custo para a instituição.
Os capelães e voluntários estabelecem e mantêm relações importantes com os
pastores da comunidade.
Os capelães e voluntários fazem um papel importante abrandando situações de
descontentamento de pacientes e seus familiares que envolvem com o hospital.
Quando pacientes se tornam nervosos e impacientes os capelães podem mediar
estes intensos sentimentos de modos que conservam valiosos recursos
organizacionais. A presença deles pode servir como um veículo por reduzir risco.
Os capelães e voluntários podem reduzir e podem prevenir abuso espiritual,
agindo como guarda para proteger os pacientes de proselitismo. Códigos de éticas
profissionais estipulam que os capelães eles têm que respeitar as convicções de
fé e práticas de pacientes e famílias.
Os capelães e voluntários ajudam para os pacientes e seus familiares a identificar
os seus valores relativos a escolhas de tratamento no fim da vida e comunicam
esta informação ao pessoal de saúde(27).
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Os capelães e voluntários ajudam os hospitais a desenvolver a sua missão, valor,
e declarações de justiça sociais que promovem curando para o corpo, mente e
espírito. Especialmente para hospitais que sãos suportados por igrejas, eles
promovem consciência de missão.
Os capelães e voluntários ajudam hospitais cumprirem uma variedade de cuidado
espiritual e apoio para os pacientes e seus familiares.
É de muito valor o cuidado espiritual provido por capelães eficientes. Um estudo
do custo de capelania foi publicado informando que os serviços de capelães
profissionais variam entre US$ 2,71 e US$ 6,43 por visita de paciente(28).
Adicionalmente, aproximadamente três quartos de executivos de HMO informou
em uma pesquisa que a espiritualidade (expressou pela oração pessoal,
meditação espiritual e religiosa) pode ter um impacto no bem estar, então pode
ajudar no impacto do custo(29).
2.3. Para a Comunidade
Hospitais são crescentemente sensíveis sobre a sua relação para com a
comunidade e os capelães fazem contribuições sem igual provendo muitos
serviços da comunidade. Estes incluem:
Liderança e participação em programas de sociais da comunidade.
Liderança de grupos de apoio para ajudar para os membros da comunidade a
enfrentar a perda ou crise e viver com a doença.
Liderança e participação na comunidade em respostas as crises, desastre,
pobreza.
Participação do cuidado espiritual que enfatiza conexões a pastores locais e
igrejas.
Orientação e apoio para programas das igrejas e da comunidade como ajuda a
alcoólatras, drogados.
Programas educacionais estabelecendo voluntários das igrejas que se ocuparão
de visitação espiritual nas casas e a igrejas.
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Relações ativas mantendo com associações evangélicas locais.
Comunidade provendo seminários educacionais em tópicos de espiritualidade,
perda e doença, e luta com a crise.
CONCLUSÕES: Nos tumultos dos hospitais, os diretores estão procurando
constantemente modos para prover ótimos serviços aos pacientes dentro de
suas dificuldades financeiras. Eles buscam manter os funcionários de
qualidade e manter relações positivas dentro dos hospitais e a comunidade.
Os capelães respondem a estas preocupações de modo sem igual, enquanto
utilizando as tradições históricas de espiritualidade que contribui à cura de
corpo, mente, coração e alma.
CAPELANIA PRISIONAL
"Lembrai-vos dos presos como se estivésseis presos com eles e dos
maltratados,como sendo-o vós mesmo também no corpo” Hebreus 13.3
CAPELÃO PRISIONAL
É O AGENTE DE DEUS PARA UMA MISSÃO NOBRE QUE VISA ALCANÇAR
AQUELES QUE ESTÃO ATRÁS DAS GRADES COM A PALAVRA DE
DEUS,EVANGELIZANDO-OS,ACONSELHANDO-OS E DESPERTANDO-OS
PARA UMA NOVA VIDA.
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Segundo as palavras de Jesus Cristo em Hebreus 13.3, quando Ele nos
lembra para nos preocupar e empenhar na visitação aos presos, dizendo
assim: "lembrai-vos dos presos, como se estiveseis presos com eles, e dos
mal tratados, como sendo-o vós mesmo também no corpo".
Com estes ensinamentos o ministério da capelania prisional, entende que o
Senhor quer alcançar não somente as pessoas enfermas e em tratamentos
nas internações hospitalares, mas também, as pessoas que se encontram
em regime prisional.
Voce sabia?No Estado do Rio de Janeiro, existem mais de vinte mil
detentos?No Estado de São Paulo , são mais de noventa mil?Em todo Brasil,
o numero de detentos chega a mais de meio milhão?E que indiretamente,
juntando os familiares, que também são vitimas,chegamos
aproximadamente a mais ou menos quatro milhões de pessoas?
O QUE NÓS ESTAMOS FAZENDO OU PODEMOS FAZER PARA MUDAR
ESSE QUADRO?
Objetivo da Capelania:
Levar as pessoas encarceradas nos presídios e delegacias o tão grande
amor de Deus através da visitação dos capelães e também com a
ministração da poderosa Palavra de Deus; acompanhada de poderosa
oração e aconselhamento pessoal, sabendo que o Senhor Jesus tem por
objetivo alcançar estas vidas dando a elas a oportunidade de conhecer
melhor o Reino de Deus através das ações dos capelães evangélicos.
O CAPELÃO PRECISA SER:
a)Chamado para este ministério.
c)Preparado para este ministério.
d)Amável.
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Curso de Capelania Geral. Pág 35
e)Tratável.
f) Comprometido.
g) Firme.
O PÚBLICO ALVO DO CAPELÃO PRISIONAL
1º- DETENTOS
2º- FAMILIARES
3º- AGENTES
4º- FUNCIONÁRIOS
O ALVO PRINCIPAL DO CAPELÃO PRISIONAL SÃO OS DETENTOS, E
ESTES NECESSITAM SEREM CONHECIDOS E ANALISADOS.
OS TIPOS DE DETENTOS
a) Os que estão atrás das grades
b) Os que presos dentro de si mesmo
c) Os que estão do lado de fora das delegacias e presídios(familiares).
CUIDADOS A SEREM TOMADOS PELO CAPELÃO PRISIONAL.
1º ENVOLVIMENTO EMOCIONAL
2º ENVOLVIMENTO SENTIMENTAL
3º ENVOLVIMENTO JURÍDICO
4º ENVOLVIMENTO FINANCEIRO
5º ENVOLVIMENTO COM O SISTEMA (ouvido e não boca).
Capelania Empresarial
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O que é um capelão empresarial?
É um homem ou mulher de Deus, treinado, capacitado, ético que tenha o
espirito de excelência, de sabedoria e conselho que vai se relacionar com o
pequeno e o grande empresario, com os fucionários das empresas, desde o
menor até o maior cargo e na maneira como estes lidam com seus
consumidores para que haja melhor desempenho e comprimisso entre
produtores e consumidores melhorando nossa sociedade.
O capelão empresarial usará a biblia para trazer valores espirituais, para que
os principios de todas as partes sejam justos, lembrando que tudo o que é
produzido e comercializado depende de uma só fonte (vida) que só Deus
pode mante-la.
Capelão empresarial é um agente de Deus dentro das empresas para atravez
da prevensão evitar crises e solucionar as já existentes, trabalha para que a
empresa alcance todos seus alvos.
Sua Postura deverá ser
-Postura de um CONSELHEIRO: que tem espirito de Deus e conhecimento na
área que vai atuar.
-Postura ÉTICA: respeitando todas as ideias tanto do empregador como do
empregado, sujerindo só na hora que for solicitado.
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-Postura de CONFIANÇA = FIDELIDADE: saber ouvir e aconselhar sem
causar nenhum mal estar dentro da empressa.
-Postura AMIGAVEL: trazendo paz ao ambiente de trabalho, promovendo
reconcolhação entre os que estao vivendo em inimizade.
-Postura OTIMISTA: Capelão sempre terá uma palavra de vitória e superação.
Ele sempre diz que tudo vai terminar bem. Nunca se une ao pessimista.
-Postura de FÉ: cria um ambiente de dependencia de Deus, para alcançar o
melhor.
-Postura VISUAL: sempre bem vestido , nunca usando roupas ou aderesos
que chamem atencao.
O que faz um capelão empresarial.
-Um capelão empresarial não e um pregador, ele presta assistencia espiritual
e emocional.
-Capelão empresarial nao pode impor suas próprias crenças aos outros, tem
que ter sensibilidade para conviver com todos.
-Capelão empresarial estará disponivel a qualquer hora para intermediar uma
crise.
-Fazer com que o empresario entenda, que a maior segurança deverá estar
em Deus : Salmos Cap. 127: Vers. 1,2
-Levá-los a entender que toda semente vai gerar. Se plantar injustiça a seu
tempo ele colherá.Êxodo Cap. 3: Ver. 7,Deuteronômio Cap. 25: Vers.13 a 16,
Prov érbiosCap. 14: Ver. 31Tiago Cap. 5: Ver.4.
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-Fazer o empressario saber que os ventos, tempestades e as crises que
atingem a todos, são circustanciais e ajuda-los a recomeçar.
-Ajudar no padrão de qualidade avaliando o comportamento dos
empregados, em relação a sua satisfacao em trabalhar nesta empressa
reduzindo assim insatisfação e o stress na relação funcionário empregador.
Eclesiastes Cap. 4: Ver.1
-Leva-los a entender que o maior patrimônio que o homem pode ter é a sua
familia. Não deixando a empresa tomar todo seu tempo.
-Criar relacionamento familiar comprometido.
Curiosidade
-Nos Estados Unidos, o maior índice de divórcio está no meio empressarial.
O que faz o capelão empresarial em relação aos funcionarios
-Promover a ética no ambiente de trabalho, encorajando ao respeito as
normas de trabalhos estabelecidos pelas empresas, horário, segurança,
produtividade,etc., para que possam desfrutar de melhor carreira dentro da
empresa,obtendo assim boas recomendações em caso de transferências..
-Ajuda-os a equilibrar tempo de trabalho, vida familiar, e vida espiritual
evitando consequencias desastrosas.
O que faz o capelão em relação as empresas
-Faz com que patrões e empregados entendam que as empresas são um
bem comum da sociedade. Elas são geradas por homens e mulheres de bem
que investiram conhecimento, trabalho e finanças. São mantidas pelos
trabalhadores e pela sociedade que consome todo bem produzido. Assim
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tanto o proprietario, como o trabalhador, como a sociedade de consumo,
devem entender que todos dependem um do outro.
Referente a Capalenia Empresarial.
- Campo muito grande de evangelização.
-Empresarios estão entre os seres humanos mais solitarios mundo.
-Grande índice de uso drogas.
-Grande índice de divórcio.
-Em sua maioria não conseguem lidar com fracasso.
-Na crise extremas,muitos são levados suicidio.
Capelania Assistencial
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O que é um Capelão assistencial?
Um capelão assistencial é um profissional interdenominacional treinado e
capacitado para atender a sociedade como um todo, como um bom
samaritano, conselheiro e amigo de todos os feridos e machucados .
Por que utilizar um capelão para ajudar as pessoas na comunidade?
O Capelão e o Aconselhamento
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Parte divina – “E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, e o Espírito de
sabedoria e de inteligência, e o Espírito de conselho e de fortaleza, e o
Espírito de conhecimento e de temor do Senhor” (Is 11:2).
Parte humana – “Onde não há conselho os projetos saem vãos, mas, com a
multidão de conselheiros, se confirmarão” (Pv 15:22).
“Não havendo sábia direção, o povo cai, mas, na multidão de conselheiros,
há segurança” (Pv 11:14).
“Apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não
por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo
pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de
exemplo ao rebanho” (1 Pe 5:2, 3).
Aconselhar pode ser definido como proclamação do perdão dos pecados.
Para um Capelão Evangélico, o aconselhamento é, antes de tudo, a
comunicação da Palavra de Deus. No aconselhamento, o Capelão
desenvolve diálogo que visa levar a pessoa ao rompimento com a vida nas
trevas. No aconselhamento o Capelão utilizará os princípios bíblicos e
habilidades diplomáticas para a orientação da conduta e das decisões que a
pessoa terá que tomar.
Aconselhar é a arte de ajudar a fazer ver as coisas que não podem ser vistas.
É no entanto, no fazer ver as coisas ocultas aos olhos dos que sofrem que
está a arte de ajudar. E a potencialidade conferida a cada um de nós por
Deus e a habilidade de discernimento em campos obscuros.
“O navegador depende de uma bussula para traçar seu curso. Por que a
bússula? Porque ela lhe mostra o rumo. “William Flecher”
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Aconselhar é como guiar um cego que sabe o que quer, mas não sabe como
chegar lá. Assim, o papel do Capelão-conselheiro é ajudar alguém a chegar a
algum lugar, num porto seguro, sempre à luz da Palavra de Deus e de um
compromisso com as questões eternas.
“O papel do Capelão é semelhante a um clínico geral, que quando não
resolve o problema, encaminha para um especialista”.
Tudo é importante: Agenda, construção, administração, mas o
Aconselhamento é cura e milagre para as pessoas. Mesmo sabendo que
diante de algumas situações teremos que reconhecer a nossa limitação,
confiamos na suficiência da GRAÇA de Deus, que opera em nós e através de
nós. Devemos seguir o exemplo de Jesus. O Mestre amado fez isso com:
· A mulher samaritana no poço de Jacó (João 4)
· Pedro após a ressurreição (João 21:15). Os Apóstolos por diversas vezes –
João 14 e 16
· Com a mulher de fluxo de sangue e com Jairo (Marcos 5:21).
· O Mestre parou a multidão para atender apenas um ser que estava sofrendo
as angústias e as perdas dessa vida.
“Atender é parar as multidões dos nossos projetos, correrias, reuniões,
viagens e dar atenção a quem precisa”.
PENSE NISSO
“Será que estamos mais ocupados que Jesus? Ou nos achamos tão
importante que não dá para parar? E se a doença chegar? E a morte?”
Por que negligenciamos o Aconselhamento Individualizado?
· Creio que nós não valorizamos muito o aconselhamento individualizado,
porque nós não recorremos a este expediente quando precisamos. Mas
todos nós precisamos de aconselhamento, somos pessoas que passamos
pelas mais diversas situações. Assim findamos por achar que cada um deve
fazer o mesmo.
·Muitas pessoas também evitam serem aconselhadas pelo medo de se
expor, aliada ao grande temor de ter sua vida exposta, pela falta de ética de
quem vai aconselhar. Porque não sabemos ouvir, não fomos treinados para
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isso.
“Às vezes, a solução está mais no ouvir do que no falar”.
As pessoas necessitam serem ouvidas por dois motivos:
a) Neste mundo elas são um número: RG, CPF, Empresa, Escola,
Estatísticas. Não podemos continuar sendo um número no rol de membros
ou um valor no rol de dizimistas. É uma questão mais sociológica do que
espiritual. David Cho escreveu: “As pessoas neste mundo são um número.
Quando vem à igreja querem se sentir gente” (irmão).
b) Vivemos numa época em que as vozes deste mundo nos sufocam,
confundem a mente, abalam a alma, embrutecem o espírito, cauterizam a
consciência. Pai, filho, marido, esposa, empregado, patrão, professor,
televisão, rádio, político, internet, ruídos dos carros, igreja, pastor, liderança,
tele-evangelistas – Todo mundo está falando. Mas quem está pronto a
escutar? Deus? Sim. Mas através de quem? Do Capelão preparado, fiel a
Deus, maduro (a). Se não podemos ou não sabemos, permitamos ao menos
que outros o façam, o bem de pessoas feridas.
Recomendações gerais no aconselhamento
- Ouça o suficiente antes de tecer qualquer comentário, conselho ou parecer;
não se precipite. Procure a raiz do problema. Faça perguntas adequadas.
- Incentive-o (a) a falar, deixe-o (a) à vontade e seguro (a) para colocar para
fora aquilo que o (a) está sufocando. Divida o assunto em partes (família,
trabalho, coração, finanças, relacionamentos); faça um mapeamento e defina
prioridades.
-Não deixe a espiritualidade em segundo plano, ore e use a Bíblia.
- Cultive a credibilidade moral, espiritual e emocional. Você está sendo
observado.
- Seja sensível, porém não se entregue aos sentimentos alheios.
- Veja no aconselhando um ser em potencial para mudar e ser abençoado
por Deus. Não o evite.
- Utilize de diversas ferramentas para extrair informações (perguntas, cartas,
inventário, família, comportamento), mas nunca recorra a fofocas. Quem trás
também leva, isso pode colocar tudo a perder.
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- Planeje a melhor estratégia. Exemplo: Atender o casal em separado, depois
juntos, falar com os pais depois com os filhos etc.
-Seja humilde para reconhecer as suas limitações e tentações. Trabalhe em
parceria. Exemplo: Aconselhamento Pastoral x Psicoterapia, Serviço Social,
Advocacia, Medicina, até mesmo outros conselheiros espirituais etc.
Seja ético com as pessoas que você atender. Não use isso como forma de
proselitismo.
Cuidado em compartilhar experiências particulares. Sua vida e intimidades
podem ficar na “boca do povo”.
Lembre-se:
Aconselhar é diferente de ordenar! Nunca decida por ninguém, e quando
emitir uma opinião ou parecer, faça com segurança, não se deve brincar com
a vida ou sentimento alheio
Conclusão
O exercício da Capelania Evangélica não deve ser feito de qualquer maneira
e por qualquer pessoa. Aconselhamento é um instrumento poderoso, uma
ferramenta substancial para desfazer os NÓS na vida das pessoas.
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O Capelão Evangélico NÃO PODE OPTAR entre aconselhar e não
aconselhar, mas pode sim preparar-se para aconselhar bem ou então fazê-lo
de maneira despreparada!
O desafio é grande, mas não intransponível. Com a graça de Deus aliada à
busca do preparo bíblico, teológico e técnico, poderemos servir a Deus,
oferecendo um aconselhamento com qualidade aos que nos procurarem.